sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Michael Azerrad na + Soma.

Ei, faça o seguinte, clique aqui e baixe a revista Mais Soma #08 e leia a entrevista do Michael Azerrad, jornalista de música. Um cara formado na faculdade que escreve sobre música e tem interpretações interessantes. To com a língua queimada, quem passou nos bancos universitários pensa legal e não fica nos chavões.


Caso ainda não seja o suficiente para ler a entrevista, leia o fragmento a seguir :


É evidente que dentro da cena underground existem diferentes campos, pessoas extremamente opostas. Como os Butthole Surfers, que eram um bando de doidos, tomavam muitas drogas, mas também trabalhavam bastante, e isso é uma coisa que muitas pessoas não percebem: por mais que os Butthole Surfers fossem drogados, eles se importavam muito com sua música, a ética de trabalho deles era muito forte.

No geral, as pessoas se uniram em torno da idéia do punk. Sempre houve interpretações diferentes sobre o que era o punk, como ele devia soar, mas a idéia principal era apenas ser você mesmo e não se importar em vender discos em grandes lojas. Então, nesse sentido, os Butthole Surfers eram punk rock, o Black Flag era punk rock e o Sonic Youth é punk rock. Se bem que isso tudo mudou quando o Green Day apareceu e disse:

“O punk rock agora é uma fórmula” (risos). O punk era uma atitude, não um som, e essa atitude podia ser interpretada de várias formas diferentes, e tudo bem. Acho que as pessoas entendiam isso – havia competição, mas também era preciso cooperar. Havia cartazes bizarros, com bandas muito diferentes tocando na mesma festa, mas as bandas

sabiam que teriam de cooperar na hora do show, ajudar a carregar equipamento etc. E eles também sabiam que estavam construindo uma comunidade, uma rede de trabalho. Aquela comunidade foi construída e isso foi bom para todo mundo. O Black Flag podia desprezar o Beat Happening, mas eles sabiam que seria uma boa idéia tocar em um clube comandado pelo Beat Happening em Olympia, Washington. Podia haver diferenças filosóficas e musicais, mas o sentimento geral era de construir uma comunidade para que todos pudessem desfrutar dela.” Página 65.


ou assista aqui e com legenda:



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