sábado, 28 de novembro de 2009

ordinaria hit em HQ


É melhor deixar de lado essa maldita máquina. Cada momento recebo uma informação mais foda do que a outra: Ordinaria Hit agora é história em quadrinhos, o autor é Ullises Garcez. FODA!!!!!!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ratos de Porão em SC

Ratos em Rio Negrinho

A banda Ratos de Porão divulga na agenda do myspace que tocará por Santa Catarina, a data é 12 de dezembro no Festival Zoombie Ritual, na cidade de Rio Negrinho.


Veja a lista completa das bandas, datas e informações gerais:
Dias e horários do shows:



Sexta

Abertura dos portões ás 15:00hs

Inicio dos shows ás 17:00hs

17:00 - Lay Waste
18:00 - Fuzilador

19:00 - Sodamned

20:00 - Flesh Grinder
21:00 - Rhestus

22:00 - Violator

23:00 - Korzus

00:00 - Warriors of Metal
01:00 - Unholy Horde
02:00 - Impiedoso
Sábado

Sábado
09:00 - Volkmort

10:00 - Battalion

11:00 - Alcooholic D.C

12:00 - Khrophus

13:00 - Espiritual

14:00 - Crucifire
15:00 - Necropsya

16:00 - Torture Squad
17:00 - Sacrilegium

18:00 - Funeratus

19:00 - Land of Soul
20:00 - Ratos de Porão

21:00 - Evil Grave

22:00 - Drowned
23:00 - Enterro

00:00 - Amen Corner

01:00 - Carnivore Mind
02:00 - Camos
Domingo


Domingo
09:00 - Redtie
10:00 - Soma
11:00 - Evil Dead
12:00 - Em ruinas

13:00 - Motorocker

14:00 - The Face

15:00 - Nervo Chaos

16:00 - Doomsday


Ceremony
Ingressos antecipados nos seguintes postos de vendas:
Loja mundo do rock - Rio Negrinho
Estação 91 rock bar - Rio Negrinho
Loja rock invasion- Jaraguá do Sul
Loja Bebop CDs- Blumenau
Battle Zine - Blumenau
Rodrigo Simetti - Curitiba


Tambem pelos fones:47 9182 5126 e 47 9132 8720 Ingressos antecipados a venda até o dia 1° d dezembro.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Um zine luso


Por anos uns punks e SxE de Joinville tiveram contato direto com zines, selos, bandas e pessoas do cenário punk-hardcore português. Eu tenho a percepção que parte do contato se perdeu. Hoje, vasculhando no my-space encontro a zine AIDS, nome infeliz, que vale a pena conferir. Clique aqui.


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Resenha do True Lies # 5, verão de 2009

True Lies # 5, verão de 2009




Na minha mão está um zine que fui entrevistado, o que me leva a estranheza ao escrever uma resenha. Quem sabe, deixando isso claro, a resenha sairá com a máxima honestidade. Não posso deixar de comentar o número 5 do zine True Lies, escrito e editada pela Carla, uma garota nova e incansável zineira. O que mais se encontra na presente edição são entrevistas de bandas como a extinta Colligere e as atuais como Ataque ou fuga e Solange, to aberta! Acompanhada de entrevistas com zineiros, inclusive comigo. A idéia de entrevistar zineiros-as é fantástica, pois possibilita a documentação da memória do cenário punk-hardcore faça você mesmo, nesse aspecto as bandas tem seus registros, mas os zines estão perdidos nas gavetas dos armários de punk rockers e hardcoreanos mais velhos-as, como no meu caso. No mais o zine é recheado de colagens de caso pensando, ou seja, não são imagens jogadas numa folha A4, acompanhado de textos de diferentes colaboradores. A informação que tenho é da morte do True Lies, porém a Carla continua editando zines e ainda fazendo um blog.



Contatos: trueliesx@hotmail.com

ou http://www.myspace.com/truelieszine

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

No class

A Chris, via demo para download, acaba de publicar o cd "Want Something" da extinta banda No Class, a melhor banda de punk rock com vocal feminino. Quando fui na primeira Verdurada, em São Paulo, no ano de 1998, comprei esse cd e escutava todos os dias,até deixar com alguma ex-namorada. Clique aqui e abaixe o arquivo.

Conquest for Death

Conquest for death ao vivo em Maun, Botswana - 2007


Depois da Ásia, Europa, Oceania, América do Norte, África é a vez do continente sul-americano. Ao menos é o entendi nao visitar o myspace da banda Conquest For Death. A banda é formada por figurinhas carimbadas no cenário punk-hardcore dos EUA, pessoas de grande dedicação ao fortalecimento do cenário “faça você mesmo”.


domingo, 15 de novembro de 2009

Demo na praça

A banda Odeie seu Ódio acabou de lançar a demo "2012", em versão cdr. Em Joinville você poderá comprar a demo por R$3,00 no Estúdio Corpo Fechado ou nas apresentações ao vivo da banda.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

The Edge


The Edge é um documentário sobre o straight edge nos EUA. Uma pergunta fica: ainda tem novidades para falar sobre, sob quais aspectos é abordagem, ray cappo não é chato demais, o vocalista do Earth Crisis não é uma panaca ?



link do site aqui

domingo, 8 de novembro de 2009

Disco foda


O blog Back in 77 está cada dia mais foda. Por isso, resolvi dizer que o disco mais foda que já escutei é "Herencia" da banda Abuso Sonoro. Tá no meu top ten.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Problema seu ou problema nosso ? por Rodrigo Ponce

Rodrigo Ponce foi vocalista das bandas Family e Colligere, fez o zine e selo Vida Simples.

Problema seu ou problema nosso?

Texto-base para o debate na 4ª Verdurada de Curitiba.



Como alguns de vocês devem ter lido no cartaz, o tema da minha fala é “hardcore e política”. Tenho medo disto parecer uma coisa normal. Meu esforço é justamente mostrar que não existe nada de natural em associar as duas coisas. Então, pra começo de conversa é preciso, no mínimo, achar estranho pensar em hardcore junto com política. É preciso colocar uma questão sobre isto: o que o hardcore tem a ver com a política? Se é que tem alguma coisa.



Mas fiquem tranquilos porque não vou fazer nenhum tipo de discurso. Não vim aqui convencer ninguém a se envolver com uma causa, não vim defender nenhuma causa. Na verdade, eu, Rodrigo, estar aqui falando sobre isto é outra coisa estranha. Porque, na prática, estou muito distante das duas coisas. Meu envolvimento com o hardcore tem sido escutar bandas velhas de vez em quando ou conversar sobre “aqueles tempos” com algum amigo não menos distante. Em relação à política, não tenho militado em nenhuma organização. Quase todo meu interesse foi desviado para uma compreensão da política. Então, de um lado eu tenho conversas de bar sobre o hardcore e, de outro, tenho teorias sobre a política. Juntando as duas coisas, o que a gente vai ter aqui é mais ou menos uma teoria de bar sobre hardcore e política. Sem álcool e sem cigarro, é claro.



Outro aviso um tanto óbvio, mas que vale a pena ser dado: eu não acho que esta seja a coisa mais importante do mundo. Não acordo todos os dias pensando “caralho, será que o hardcore é político?”. Não é a pergunta que move a minha vida. Mas, como ainda não entrei para o Clube dos Cínicos Maduros, ainda acho que as duas coisas tem alguma importância. E ao propor este debate julguei que algumas pessoas que vão à Verdurada pensam o mesmo.

Sem mais delongas, vamos voltar à questão e colocá-la de um modo ainda mais simples: hardcore é política?



A gente não costuma ter problemas pra dizer que uma coisa é outra. Também não costuma pensar que é diferente, por exemplo, dizer “Curitiba é uma cidade” ou “a CELU é um espaço para shows”. As duas afirmações são verdadeiras. Mas Curitiba não pode ser outra coisa senão uma cidade, enquanto a CELU pode não ser um espaço para shows. Então, se você diz que “hardcore é política”, você está dizendo de um jeito ou de outro? Ele pode ser outra coisa ou ele é essencialmente político?



Com certeza, existem visões diferentes sobre o que é hardcore. A gente precisa fazer um acordo pra continuar com a conversa, quer dizer, a gente precisa pelo menos estar falando da mesma coisa. Digamos então que o hardcore é uma reunião entre pessoas, em torno de um estilo de música mais ou menos parecido. Esta música a gente pode chamar de “hardcore” ou de “punk”. Não importa aqui se você acha que uma banda não é hardcore. A pergunta é se esta reunião tem alguma coisa de política.



Indo direto ao ponto, eu não acho que os livros anarquistas, as camisetas com mensagens ou as letras de protesto fazem isto aqui ser político. As lojas do shopping podem vender os mesmos livros e camisetas, o Capital Inicial pode ter uma letra de protesto. E prestem atenção: eu nem estou julgando se é “certo” ou “errado” que eles façam isto. Estou dizendo que isto tudo, aqui, no shopping ou em qualquer lugar, por si só não é política. O que eu quero defender aqui é a política como atividade. Daqui em diante a minha fala está carregada de autores da filosofia, especialmente dois: Hannah Arendt e Jaques Rancière. Mas não vou ficar citando ninguém pra deixar a coisa um pouco menos chata.



Quando falo em atividade, por favor, não pensem naquele velho discurso que “não adianta só falar, tem que ter atitude”. Porque a “atitude” sem debate não é política. Ela é um dever-ser, uma moral, uma regra social, coisas que podem ser importantes pra manter as coisas funcionando. Mas a política nunca pode ser separada da fala, do argumento, da discussão. Ser politicamente ativo é poder debater com outras pessoas assuntos que interessam e estar pronto pra agir a este respeito, ou seja, a começar algo novo. É preciso estar livre para expor as suas opiniões, confrontá-las com outras opiniões e, em comum acordo, decidir o que pode ser feito. Então, as duas primeiras características da atividade política que eu queria destacar aqui são essas: 1) ela se dá no debate e 2) ela é uma ação em conjunto.



A terceira característica é que o assunto da política é sempre uma injustiça ou, pelo menos, algo que um determinado grupo acha que é injusto. Quando as pessoas se reúnem para discutir e agir, o que elas pretendem é reparar um dano. Nem todo mundo precisa concordar que aquilo é mesmo injusto. Isto é o que vai ser debatido. O mais importante, e prestem bastante atenção nisto, é que as pessoas e o problema que estão levantando sejam reconhecidos. Por isto a disputa política é diferente de outras disputas já estabelecidas e reguladas. Por exemplo, se eu compro um tênis e ele estraga no primeiro dia, eu posso entrar na justiça contra a empresa. Meus direitos como consumidor já são reconhecidos. Esta disputa não é política. Mas a briga por ciclovias, ciclofaixas e pelo reconhecimento da bicicleta como meio de transporte é uma disputa política. Porque na organização do transporte, até pouco tempo atrás, a bicicleta não era um problema. Seguindo este exemplo, a Bicicletada e outras organizações são políticas porque elas reuniram pessoas que se sentiam lesadas, colocaram a bicicleta como problema e passaram a agir em conjunto para expor este dano. Nisto tudo, o ciclista foi reconhecido como ator político.




Mas nosso tema aqui é o hardcore. Em que sentido ele foi, é ou pode ser político? Antes de responder eu queria chamar a atenção pra mais uma coisinha: as três características da atividade política (o debate, a ação em conjunto e a reparação de um problema) apontam uma preocupação com aquilo que é público, de domínio comum. A gente poderia dizer que a política tem a ver com uma preocupação com o mundo. Mas nem todas as nossas atividades são assim. Não vai dar tempo de explicar isto com detalhes, mas estou falando aqui em “tipos” de atividades. Existe um tipo de atividade em que nossa única preocupação é cuidar do próprio nariz, por exemplo, comer, beber, ganhar dinheiro e até mesmo andar de bicicleta. Em si mesmo, a atividade de andar de bicicleta não é política, ela não carrega uma preocupação com o público. Ok, você pode começar a andar de bike pra salvar o planeta. Mas eu não estou falando dos seus motivos. Estou falando da atividade. No mero pedalar não existe debate nem ação em conjunto. Andar de bicicleta é um problema seu.



Beber ou não beber também é um problema seu. Uma “escolha pessoal”, como foi dito muitas vezes. Mas quando um grupo de moleques sentiu que beber era uma regra que eles não queriam seguir e que sua escolha não era reconhecida, eles criaram uma coisa chamada straightedge.



Esta coisa foi criada e recriada várias vezes, em muitos outros lugares, como uma disputa verdadeira ou como simples cópia do que outras pessoas fizeram. A gente pode dizer o mesmo de muitos outros temas que circulam pelo hardcore. O sexo, a alimentação, a moradia ou mesmo um passeio na praia são assuntos privados, mas que podem ser politizados, não apenas neste meio como em muitos outros espaços públicos. Estes temas podem ou não constituir uma ação política. Se não estiver ligado a um problema real e a um grupo de pessoas dispostos a debater e agir, estes assuntos vão ser apenas uma coisa legal de se cantar para parecer político.



Neste sentido, a “cena” pode ser um palco no meio da vida real ou apenas um teatrinho. Ela pode estar ligada a um problema real ou não. Do ponto de vista que eu estou defendendo aqui, o hardcore não é político apenas quando está ligado a uma temática comunista, anarquista, etc. Ele pode, inclusive, estar ligado a isto sem promover nenhuma atividade política, ou seja, sem criar uma comunidade, promover debates e gerar ações em conjunto.



Mas o hardcore precisa ser político? Quando não é, ele deixa de ser hardcore? Sinceramente, eu acho que não. Se a gente pensa isto como uma reunião entre pessoas em torno de certo estilo de música, existem muitas outras atividades possíveis neste meio. Por exemplo, a atividade de criar uma música, um cartaz ou uma camiseta, a atividade de vir aqui simplesmente se divertir, ou até mesmo a atividade de ganhar algum dinheiro. Nem sempre nós temos o mundo como preocupação. Este não é o problema.



O problema é nunca ter o mundo como preocupação. É pensar que tudo é sempre uma questão pessoal e cair no “cada um por si” que é típico dos nossos dias. Isto é o que acontece quando a gente não está mais disposto a polemizar e a discutir. E eu não estou falando apenas de criticar cinicamente, ou seja, debater não é meter o pau ou desprezar. É assumir que um tema é relevante, reconhecer sua importância, ouvir argumentos e dar os seus. Sem dúvida o hardcore não é o único espaço em que isto pode acontecer e nem é o mais importante. Mas é preciso pensar o que perdemos quando excluímos – não apenas do hardcore, mas da nossa vida em geral – o debate, a ação em conjunto e o reconhecimento de novos problemas.